Folk Tale

João e Maria (Hansel e Gretel)

Translated From

Hänsel und Gretel

AuthorJacob & Wilhelm Grimm
Book TitleKinder- und Hausmärchen
Publication Date1812
LanguageGerman

Other Translations / Adaptations

Text titleLanguageAuthorPublication Date
Hans og GreteNorwegian__
Hans och GretaSwedish__
Hans en GrietjeDutchM.M. de Vries-Vogel1940
Hänsel e GretelItalian__
Χάνσελ και ΓκρέτελGreek__
Hãnsel và GretelVietnamese__
Гензель и ГретельRussian__
Hans og GreteDanish__
Hansel ve GretelTurkish__
Hansel y GretelSpanish__
Хензел и ГретелBulgarian__
Гензель і ГрэтельBelarusian__
Hansel and GretelEnglishMargaret Hunt_
Jaś i MałgosiaPolish__
Гензель и ГретельUkrainian__
Hansel and GrettelEnglishAndrew Lang1889
Hansel et GretelFrench__
A fost odată ca niciodată un tăietor de lemne tare nevoiaRomanian__
Ton i GuidaCatalan__
Hannu ja KerttuFinnish__
Jancsika és JuliskaHungarianBenedek Elek_
Jancsi és JuliskaHungarian__
O perníkové chaloupceCzech__
ATU327A
LanguagePortuguese
OriginGermany

João e Maria (Hansel e Gretel)

Às margens de uma extensa mata existia, há muito tempo, uma cabana pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento.O garoto chamava-se João e a menina, Maria.

A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas haviam piorado ainda mais:não havia comida para todos.

Minha mulher, o que será de nós?Acabaremos todos por morrer de necessidade.E as crianças serão as primeiras.

- Há uma solução… - disse a madrasta, que era muito malvada.Amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos.

O lenhador não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.

No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.

- Não chore, tranqüilizou-a o irmão.Tenho uma idéia.

Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as escondeu no bolso.Depois voltou para a cama.

No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.

As crianças foram com o pai e a madrasta cortar lenha na floresta e lá foram abandonadas.

João havia marcado o caminho com as pedrinhas e, ao anoitecer, conseguiram voltar para casa.

O pai ficou contente, mas a madrasta, não.Mandou-os dormir e trancou a porta do quarto.Como era malvada, ela planejou levá-los ainda mais longe no dia seguinte.

João ouviu a madrasta novamente convencendo o pai a abandoná-los, mas desta vez não conseguiu sair do quarto para apanhar as pedrinhas, pois sua madrasta havia trancado a porta.Maria desesperada só chorava.João pediu-lhe para ficar calma e ter fé em Deus.

Antes de saírem para o passeio, receberam para comer um pedaço de pão velho.João, em vez de comer o pão, guardou-o.

Ao caminhar para a floresta, João jogava as migalhas de pão no chão, para marcar o caminho da volta.

Chegando a uma clareira, a madrasta ordenou que esperassem até que ela colhesse algumas frutas, por ali.Mas eles esperaram em vão.Ela os tinha abandonado mesmo!

- Não chore Maria, disse João.Agora, só temos é que seguir a trilha que eu fiz até aqui e ela está toda marcada com as migalhas do pão.

Só que os passarinhos tinham comido todas as migalhas de pão deixadas no caminho.

As crianças andaram muito até que chegaram a uma casinha toda feita com chocolate, biscoitos e doces.Famintos, correram e começaram a comer.

De repente, apareceu uma velhinha, dizendo:- Entrem, entrem, entrem, que lá dentro tem muito mais para vocês.

Mas a velhinha era uma bruxa que os deixou comer bastante até cair no sono em confortáveis caminhas.

Quando as crianças acordaram, achavam que estavam no céu, parecia tudo perfeito.

Porém a velhinha era uma bruxa malvada que e aprisionou João numa jaula para que ele engordasse.Ela queria devorá-lo bem gordo.E fez da pobre e indefesa Maria, sua escrava.

Todos os dias João tinha que mostrar o dedo para que ela sentisse se ele estava engordando.O menino, muito esperto, percebendo que a bruxa enxergava pouco, mostrava-lhe um ossinho de galinha.E ela ficava furiosa, reclamava com Maria:

- Esse menino, não há meio de engordar.

- Dê mais comida para ele!

Passaram-se alguns dias até que numa manhã assim que a bruxa acordou, cansada de tanto esperar, foi logo gritando:

- Hoje eu vou fazer uma festança.Maria ponha um caldeirão bem grande, com água até a boca para ferver e dê bastante comida paro seu o irmão, pois é hoje que eu vou comê-lo ensopado.

Assustada, Maria começou a chorar.

- Acenderei o forno também, pois farei um pão para acompanhar o ensopado, a bruxa falou.

Ela empurrou Maria para perto do forno e disse:

- Entre e veja se o forno está bem quente para que eu possa colocar o pão.

A bruxa pretendia fechar o forno quando Maria estivesse lá dentro, para assá-la e comê-la também, mas Maria percebeu a intenção da bruxa e disse:

- Ih!Como posso entrar no forno, não sei como fazer?

- Menina boba!- disse a bruxa.Há espaço suficiente, até eu poderia passar por ela.

A bruxa se aproximou e colocou a cabeça dentro do forno.Maria, então, deu-lhe um empurrão e ela caiu lá dentro.A menina, então, rapidamente trancou a porta do forno deixando que a bruxa morresse queimada.

Maria foi direto libertar seu irmão.

Estavam muito felizes e tiveram a idéia de pegarem o tesouro que a bruxa guardava e ainda algumas guloseimas .

Encheram seus bolsos com tudo que conseguiram e partiram rumo a floresta.

Depois de muito andarem atravessaram um grande lago com a ajuda de um cisne.

Andaram mais um pouco e começaram a reconhecer o caminho e viram ao longe a pequena cabana do pai.

Ao chegarem na cabana encontraram o pai triste e arrependido.A madrasta havia morrido de fome e o pai estava desesperado com o que fez com os filhos.

Quando os viu, o pai ficou muito feliz e foi correndo abraçá-los.Joãozinho e Maria mostraram-lhe toda a fortuna que traziam nos seus bolsos, agora não haveria mais preocupação com dinheiro e comida e assim foram felizes para sempre.


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